sexta-feira, 1 de abril de 2011

Round 01 - Streets of St. Petersburg


Demorou mas abalou, vamos aos comentários sobre a corrida de St. Pete semana passada!


A corrida não foi grandes coisas, mas depois de tanto tempo ser ver uma corrida, qualquer coisa ta valendo. O primeiro ponto a ser falado é o controverso inicio da corrida, com uma bandeira amarela atrás da outra devido as famigeradas largadas em fila dupla. Vi gente ai falando que gostou, que deu mais emoção a corrida, mas minha opinião é exatamente oposta, emoção pra mim é carro na pista e não batidas em várias largadas seguidas. Na primeira pior de todas, claramente o culpado foi aquele Hélio, o Castroneves, que inventou de freiar pra lá do deus me livre e fez um strike, estragando a corrida de muita gente.


A largada em fila dupla é um contra-senso. Vi gente botando a culpa nos pilotos, dizendo que eles deviam ser mais cautelosos. Mas se a tal largada foi instituída pra gerar mais emoção, porque devem ser cautelosos? Cautela e emoção não combinam né? Se for assim, melhor manter o antigo sistema, onde um piloto pode ter menos cautela e, portanto, atacar de verdade sem tanto medo de bater. Mas infelizmente nesse tempo de Sociedade do Espetáculo temos visto muito no automobilismo essas medidas em busca de uma propagada “emoção”. Será que 20 carros a mais de 300 por hora já não é emocionante o suficiente? A gente anda superestimando a emoção.


Mas depois dessa filosofada toda, voltemos a corrida. As batidas no início embaralharam um pouco as coisas, e vimos na frente carros que não esperávamos ver por lá, especialmente a tão falada Simona de Silvestro. Mas no geral, daí em diante a corrida foi meio entediante. Tivemos a ultrapassagem do Franchitti em cima do Power, e algumas ultrapassagens do Sato que a TV não mostrou. Só voltamos a ter alguma emoção no final, quando a Simona chegou no Kanaan e parecia que ia passar, mas não conseguiu. Estranhamente, depois da corrida foi observado que ela não usou o sistema push-to-pass nenhuma vez durante a corrida! Mas era claro que ela era mais rápida nas curvas, mas não conseguia passar pois o carro do TK era mais rápido na reta.


No final, Franchitti venceu com um ano de vantagem pro Power. Contudo, creio que toda essa vantagem foi possível porque em uma das batidas no início da corrida a Simona quebrou um pedaço do carenagem da Penske do Power, justamente a peça que retira o fluxo de ar de cima do pneu traseiro. Sem essa peça com certeza o arrasto aumentou, e deve ter deixado o carro meio “torto” pra guiar, tanto que deu pra observar o Power segurando o carro na saída das curvas diversas vezes durante a corrrida.


Um ponto positivo, é que a embaralhada causada pelas batidas no início da corrida permitiu que alguma equipes pequenas tivessem bons resultados, especialmente a AFS, que chegou em 7ª com o Raphael Matos, ótimo resultado pra um equipe nova que não realizou nenhum teste na pré temporada. Mas será bem difícil que igualem esse resultado tão cedo.


Na Lights, na corrida que ninguém viu, porque não foi transmitida online, pela TV, ou postada no youtube como no ano passado, teve vitória do Josef Newgarden com o Conor Daly em segundo, duas jovens promessas americanas.


Mas é isso ai, agora é aguardar até o dia 10 de abril para a corrida no Barber Motorsports Park no Alabama!